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Qual o impacto destas doenças na saúde da população?

Nos últimos anos, tem-se observado um aumento dos erros alimentares, do sedentarismo e do aumento de peso, em paralelo ao aumento das doenças associadas. A obesidade tornou-se um problema de saúde pública nos Estados Unidos e em diversos países, o que inclui a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes. No Brasil, o aumento da obesidade também é progressivo. Diversos estudos têm demonstrado associação entre obesidade, asma, sintomas respiratórios.

 

Qual a relação entre obesidade e asma?

 

A obesidade é uma doença complexa que leva a complicações metabólicas e cardiovasculares, e os componentes inflamatórios da obesidade podem conduzir a um risco aumentado para asma. Uma substância desencadeadora de reação inflamatória (Leptina), produzida pelo tecido adiposo, foi associada com asma em crianças. Um estudo de 188 crianças e adolescentes mostrou que o nível sérico de colesterol foi maior no grupo de asmáticos do que nos indivíduos saudáveis, e que os pacientes asmáticos eram significativamente mais obesos do que os não-asmáticos. Neste estudo, a hipercolesterolemia (aumento de colesterol no sangue) e a obesidade aumentaram a probabilidade de asma.

 

É importante entender o mecanismo da relação entre obesidade e asma, uma vez que a prevalência da obesidade é extremamente alta entre crianças que vivem em ambientes urbanos, onde a prevalência de asma é particularmente alta. Em crianças escolares e adolescentes, foi observada a associação entre hiper-responsividade da via aérea, atopia (tendência hereditária à manifestações alérgicas) e obesidade. No sul do Brasil, um estudo de observação com adolescentes mostrou a existência de uma associação de risco entre obesidade e a prevalência e gravidade da asma, um achado predominante em meninas. Obesidade é um forte indicador de que a asma na infância seja recorrente na adolescência. Além disso, mais de 75% dos pacientes que vão a um serviço de emergência para asma apresentam sobrepeso ou obesidade.

 

As principais complicações respiratórias da obesidade incluem dificuldade respiratória e elevado trabalho de respiração. As principais complicações circulatórias são o maior volume sangüíneo total e pulmonar, alto débito cardíaco e elevada pressão diastólica (pressão arterial mínima). Pacientes com obesidade são fortes candidatos a desenvolver síndromes de dificuldade respiratória e apnéia do sono. Pacientes obesos apresentam, com maior freqüência, sintomas de dispnéia (dificuldade respiratória) e menor capacidade ao exercício, importantes para a qualidade de vida. Menos musculatura, mais dor articular e fricção da pele são importantes determinantes de menor capacidade para exercícios, além dos efeitos cardiopulmonares da obesidade. Redução de peso e atividade física são meios efetivos para reverter essas alterações.

 

O que se pode fazer:

 

Asma e obesidade têm significante impacto na saúde dos indivíduos e o aumento de casos de asma tem sido associado com os de obesidade. O fato de asma e obesidade apresentarem, em alguns estudos, uma relação de associação significativa não indica, necessariamente, que a obesidade seja a causa da asma.

No entanto, observa-se em diversos estudos que existe associação de risco para obesidade e asma, o que deve encorajar pacientes asmáticos a buscar auxílio para a reeducação alimentar e intervenções no estilo de vida, em que o papel da dieta poderá ser avaliado quanto à melhoria da qualidade de vida.

 

Fonte: http://boasaude.uol.com.br

 

Equipe de cirurgia

Dr. HENRIQUE MACAMBIRA CRM 4686
Dr. JAIME SALES CRM 3675
Dr. GLAUCIO NÓBREGA CRM 4049
Dr. PAULO MARCOS LOPES CRM 2511
Dr. RODRYGO NOGUEIRA CRM 12655
Dr. Rodrigo Sales CRM 12698

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