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Peso ao nascer, tabagismo materno e amamentação podem prever risco de sobrepeso em crianças menores do que um ano de idade

Obesidade infantil: Estudo enumera fatores de risco apresentados por bebês menores do que um ano que podem levá-los à obesidade infantil

Obesidade infantil: Estudo enumera fatores de risco apresentados por bebês menores do que um ano que podem levá-los à obesidade infantil (Thinkstock)

Nascer com um maior peso, engordar rapidamente nos primeiros meses de vida e ter uma mãe que fuma são alguns dos principais fatores que predispõem um bebê de até um ano de idade à obesidade infantil. É o que concluíram pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, após analisarem os resultados de 30 estudos sobre obesidade entre crianças. Esse trabalho foi divulgado nesta segunda-feira no periódico Archives of Disease in Childhood, uma publicação do British Medical Journal (BMJ).

 

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Systematic review and meta-analyses of risk factors for childhood overweight identifiable during infancy

Onde foi divulgada: revista Archives of Disease in Childhood

Quem fez: Stephen Franklin Weng, Sarah, Redsell, Judy Swift, Min Yang, Cristine lazebrook

Instituição: Universidade de Nottingham, Inglaterra

Resultado: Filhos de mães que estavam acima do peso na gravidez são até quatro vezes mais propensos a ter excesso de peso na infância; bebês de mães que fumaram durante a gestação têm 37% mais riscos de ter o problema. Também elevam essas chances um maior peso ao nascer, o ganho de peso rápido e o consumo de alimentos sólidos nos quatro primeiros meses de vida

Essa é a primeira vez em que um estudo faz uma revisão de todos os possíveis fatores de risco para a obesidade infantil, segundo Sarah Redsell, coordenadora da pesquisa. De acordo com os resultados, crianças cujas mães estavam acima do peso durante a gravidez são 37% mais propensas a ter sobrepeso. As com índice de massa corporal de 25 a 30 (calcule aqui o seu IMC) aos três anos de idade têm quatro vezes mais chances de ter sobrepeso aos sete anos; e o dobro do risco de ter o problema entre nove e 14 anos de idade. Além disso, segundo os resultados, filhos de mães que fumam durante a gravidez têm 47% mais chances de ter excesso de peso na infância do que as crianças cujas mães não fumam. 

Risco na balança — A pesquisa ainda observou que, dos sete estudos que olharam para o peso do bebê ao nascer e a incidência da obesidade na infância, seis concluíram que os dois fatores estão fortemente relacionados. O estudo também indicou que os bebês que ganham peso de forma mais rápida no primeiro ano de vida são até quatro vezes mais propensos a apresentarem sobrepeso aos quatro anos de idade.

Crianças que foram amamentadas durante mais tempo, indicaram os autores, apresentaram um risco 15% menor de se tornarem obesas. Mas aquelas que passaram a consumir alimentos sólidos mais precocemente — antes dos quatro meses de vida — são 6,3 vezes mais propensas a ter excesso de peso aos três anos de idade do que aqueles que passaram a ingerir esses alimentos após os cinco meses.

O estudo não encontrou, porém, dados que sustentassem uma associação entre obesidade infantil e idade, nível de escolaridade ou depressão da mãe na gestação. Os pesquisadores acreditam que esses resultados possam ajudar os médicos a decidir qual tipo de intervenção clínica é adequada em bebês que apresentam algum desses fatores de risco.

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Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-identifica-principais-fatores-que-influenciam-a-obesidade-infantil

Equipe de cirurgia

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