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A obesidade é caracterizada como uma doença de etiologia multifatorial, na qual diversos aspectos estão envolvidos em sua gênese, sendo considerada como um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Para sua identificação, a referência internacional mais utilizada é calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, um valor ≥ 30 kg/m2, mostrando se a pessoa está ou não no peso ideal.

Segundo uma pesquisa recente, pessoas que estão obesas têm um risco 18% maior de morrer, em relação a uma pessoa com IMC normal, ou seja, ≤25 kg/m2. Estas informações foram baseadas em um levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, junto a 97 artigos científicos e quase três milhões de pessoas.
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A obesidade é caracterizada como uma doença de etiologia multifatorial, na qual diversos aspectos estão envolvidos em sua gênese, sendo considerada como um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Para sua identificação, a referência internacional mais utilizada é calcular o Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, um valor ≥ 30 kg/m2, mostrando se a pessoa está ou não no peso ideal.
Segundo uma pesquisa recente, pessoas que estão obesas têm um risco 18% maior de morrer, em relação a uma pessoa com IMC normal, ou seja, ≤25 kg/m2.

Estas informações foram baseadas em um levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, junto a 97 artigos científicos e quase três milhões de pessoas.

Para entendermos um pouco mais sobre o processo, sabe-se que na obesidade ocorre um acúmulo de gorduras que ficam alojadas em determinadas regiões corporais (escápulas, braços, coluna vertebral, peitoral, abdome, glúteos e pernas), formando na célula a adiposidade corporal e/ou placa de gordura e criando uma densidade viçosa na pele. Este mecanismo faz com que haja uma dificuldade do corpo em deslocar-se na execução de movimentos que deseja realizar, sobrecarregando ossos, músculos e articulações, comprometendo a estética e, principalmente, a funcionalidade de todo o aparelho locomotor.

Observando com um olhar mais investigativo sobre o assunto, percebe-se que em relação à postura corporal quem mais sofre são as vértebras e articulações (ombros, coluna vertebral, quadris, joelhos e tornozelos), por se verem na obrigação de ter que mover grandes quantidades de massa corporal em um curto espaço de tempo e de forma rápida, pois o excesso de gordura dificulta o funcionamento dos sistemas fisiológicos do corpo humano, o que causa inúmeras complicações para a saúde, dores nas costas e problemas nos joelhos.

Neste caso, um dos problemas mais sérios é a proeminência abdominal, pois além de ser considerada como um grande fator de risco cardiovascular, prejudica a marcha (locomoção), à medida que começamos a andar. Nosso centro de gravidade (CG) é projetado à frente, fazendo com que a musculatura desta região fique relaxada, causando uma forte pressão na região lombar e nos joelhos, fazendo com que o pescoço fique semiflexionado (olhar para baixo) e causando pressão nas vértebras na cervical.  

Estes acontecimentos ocorrem devido aos fortes impactos sofridos, assim como pela tensão muscular provocada pelo esforço mental que se é exigido, em querer realizar o movimento sem o mínimo de consciência corporal, mas apenas pelo excesso de força física e vontade de querer superar logo esta situação.

Para isto, é muito importante ter o conhecimento de que existem duas situações que devem ser levadas em consideração quando falamos de movimento: a) estática (parado) – que comprime os vasos sanguíneos e dificulta a circulação, ocasionando, em alguns casos, feridas em determinados locais e sobrecargas constantes em células e músculos, pelo fato de estarem por um longo período de tempo em uma mesma posição; ex: sentado no posto de trabalho, dirigindo automóvel, na frente do computador, viajando, etc; b) dinâmica (em movimento) – que geram sobrecarga no sistema osteomuscular pelo excesso de peso, causando desconforto corporal e aumento de tensão muscular, o que pode comprometer seriamente o sistema cardiovascular; ex: caminhar exageradamente, correr, saltar, etc. 

Neste sentido, cabe aqui fazer algumas orientações que, a meu ver, são pertinentes, eficazes e ajudam, e muito, as pessoas que estão obesas a entenderem que cuidar-se traz inúmeros benefícios à saúde e, consequentemente, à postura corporal.

Começamos então pela escolha das vestimentas para a prática de exercício físico (EF): procure sempre utilizar calçados adequados e de solado macio, com boa ventilação, para favorecer o amortecimento e aliviar toda pressão causada pelo impacto nos pés, pois esta ação dilata os vasos sanguíneos e faz com que a superfície dos dedos fique inchada, causando as famosas bolhas. Outra situação que auxilia é nos joelhos, pelo fato de nesta região haver uma grande transferência do peso corporal, ocasionando inicialmente desconfortos e evoluindo para dores, inchaços, lesões e futuramente sérios riscos de rompimento dos ligamentos (cruzados e anterior).

Com relação às roupas, procure sempre usar peças e acessórios confortáveis, de algodão, dry fit e stay cool, pelo fato de permitirem boa movimentação corporal, auxiliarem na respiração das glândulas da pele e por serem térmicas, principalmente nas regiões dos quadris e das axilas.

Já no que se refere à prática de exercícios em ruas, parques, pistas, praças públicas, academias, etc., recomendam-se oito passos importantes: 1) sempre realizar movimentos condizentes com a capacidade de execução, nunca procurar se exceder, devido aos impactos causados, 2) utilizar caminhadas de leve a moderada intensidade, controlando a respiração, ou seja, conseguir realizar o exercício e falar ao mesmo tempo, 3) utilizar o treino intervalado como forma de condicionamento físico, pelo fato de ser mais indicado devido à sua rápida remoção de gordura, agindo como fonte de energia para execução dos movimentos, 4) ter em mente que a frequência semanal recomendada pelo American College Sports Medicine (ACSM) é de 3 a 5 vezes na semana, com duração de 20 a 60 minutos cada sessão, 5) andar em pisos planos para se evitar fortes impactos nos ossos e articulações, com a finalidade de reduzir impactos em todo corpo, por isso não se é recomendada a corrida, 6) jamais fazer exercícios quando estiver sentido fortes dores articulares e musculares e nunca exigir o máximo de performance, 7) evitar deslocamentos rápidos e abruptos (piques e corridinhas, de uma hora para outra), pois estas atitudes sobrecarregam o sistema cardiovascular e elevam a pressão arterial, podendo causar infartos, caso a pessoa tenha problema no coração, e acidente vascular cerebral (AVC), h) hidratar-se sempre, bebendo bastante água, de preferência gelada, e sempre utilizar uma toalha para enxugar o suor excessivo, 8) buscar orientação de uma equipe multiprofissional da área da saúde (médico, educador físico, psicólogo e nutricionista), para que possa esclarecer dúvidas, obtendo informação de qualidade, de forma segura, clara e objetiva.

 

Todas as informações citadas direcionam para objetivos primordiais para o desenvolvimento da promoção de saúde: auxiliar a pessoa que está obesa a transpor as dificuldades por meio de exercícios e de forma autônoma, ensinar a aceitar sua constituição física e enfrentar o desafio de emagrecer com paciência, disciplina e persistência, evitar futuras complicações de curto a longo prazo para sua saúde e, por último e mais importante em minha observação, desenvolver a consciência corporal (físico, mental e social), pois são os fatores que mais interferem no entendimento desta estratégia. 

Fonte: http://estacaosaudeonline.com.br/2013/06/09/obeseidade-e-suas-complicacoes-na-postura-corporal/

 

Equipe de cirurgia

Dr. HENRIQUE MACAMBIRA CRM 4686
Dr. JAIME SALES CRM 3675
Dr. GLAUCIO NÓBREGA CRM 4049
Dr. PAULO MARCOS LOPES CRM 2511
Dr. RODRYGO NOGUEIRA CRM 12655
Dr. Rodrigo Sales CRM 12698

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