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SÃO PAULO - Um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia mostra que 59,4% dos paulistanos estão
acima do peso. O estudo ainda indica que 39,7% dos entrevistados se
mantêm na faixa de peso considerada saudável, mas grande parte destes se
encontra na área limítrofe de referência. A pesquisa foi feita com
amostragem de 250 pessoas no fim de 2010.
O trabalho destaca que, entre as pessoas que já procuraram auxílio
médico, 18% disseram ter sido classificadas como obesas - destas, 60,8%
são homens e 39,2%, mulheres.
A situação na cidade São Paulo se repete no Brasil. De acordo com a Pesquisa do Orçamento Familiar, divulgada no final de 2010, o sobrepeso atinge hoje 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Além disso, 30% das crianças entre 5 e 9 anos e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos também sofrem com problemas de peso.
Segundo a nutricionista Carolina Godoy, as causas que levam mais da metade da população a estar acima do peso estão vinculadas ao estilo de vida. “As causas estão ligadas ao alto consumo energético. Excesso de gorduras saturadas e trans e muito sal, tudo isso aliado a pouca atividade física”, explica.
De acordo com a Sociedade de Endocrinologia, a obesidade é o maior problema de saúde pública atualmente. Desde 1980, o número de indivíduos nessa situação dobrou, e hoje são 300 milhões em todo o mundo.
Segundo a entidade, o excesso de gordura no corpo desencadeia e piora uma série de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, diabete tipo 2 e aumento de triglicérides e colesterol. A perda de peso, na maioria dos casos, leva à cura ou ao controle de enfermidades relacionadas, ao diminuir o colesterol e a glicose no sangue.