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A prevenção da obesidade desde criança e dentro de casa garante
resultados melhores contra o excesso de peso e desenvolvimento das
doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes, alertou a
representante da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica (Abeso), Maria Edna de Melo.
“Se a gente começa a educar desde criança é lógico que teremos
mais resultados no futuro. Quando uma criança aprende na escola e
aprende a gostar do que é saudável esse quadro muda, mas é preciso
também envolver os pais para que o resultado seja melhor em toda a
família”.
O Dia Nacional de Prevenção à Obesidade foi lembrado nesta
última terça, 11, com o objetivo é promover uma reflexão sobre os
hábitos alimentares, o crescente ganho de peso da população e também
estimular as pessoas a optarem por atividades preventivas e saudáveis.
Ainda segundo a representante da associação, o Brasil precisa
evoluir muito na questão da regulamentação de medicamentos para
obesidade. “A maneira como a Anvisa (Associação Nacional de Vigilância
Sanitária) proibiu o uso de medicamentos para emagrecer praticamente
inviabiliza qualquer tratamento farmacológico da obesidade. Essas drogas
proibidas aqui são as mais vendidas no tratamento contra a obesidade
nos Estados Unidos, se tiram do mercado e restringem essas medicações o
combate à obesidade vai ser muito difícil”.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é
um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e acomete 1 bilhão
de pessoas. Além disso, responde como a quinta causa de mortes em todo o
mundo.
Uma pessoa pode ser considerada obesa quando o Índice de Massa
Corporal é igual ou superior a 30. No caso do sobrepeso, o índice é
igual ou superior a 25. Para calcular é preciso dividir o peso (em
quilos) pelo dobro da altura (em metros).