Pós Operatório


Como é o pós operatório?

A cirurgia demora cerca de uma hora. Após a cirurgia, o paciente fica na sala de recuperação pós-anestésica durante algumas horas, sendo posteriormente encaminhado à unidade de internação onde permanecerá, em média, por dois dias. É necessário que o paciente tenha plena consciência que seu tratamento não se encerra na alta hospitalar, mas que necessitará submeter-se às regras de comportamento que lhe assegurem o melhor resultado possível, para isso, contará com o apoio e intervenção, sempre que necessário, da equipe multidisciplinar.

É natural pensar que após a cirurgia o paciente terá muita dor, mas geralmente no dia da cirurgia o incomodo é pequeno, apesar de que algumas pessoas possam sentir dor e/ou vômitos. A equipe do hospital é bem experiente e está pronta para atender as necessidades de cada pessoa. Caso julguem necessário, entrarão em contato com a equipe para orientações. Já no segundo dia, a maioria das pessoas não sentem mais incômodos.

O paciente deve manter repouso maior por 15 dias, após esse período poderá: dirigir pequenos trajetos, trabalho leve de escritório e sair para um cinema, por exemplo. Qualquer situação que precise de esforços como caminhadas, dirigir distancias maiores ou várias vezes por dia, fazer caminhadas e atividades sexuais não devem ser feitas, porque poderá trazer consequências graves.

O que o paciente pode comer e beber no 1o mês após a cirurgia?

O seguimento nutricional é personalizado e fundamental para o sucesso! Esse acompanhamento deve ser feito por longo prazo, já que os erros alimentares que levaram a pessoa a torna-se obesa vêm de muito tempo.

Cada pessoa tem necessidades específicas, por exemplo: a dieta de uma pessoa que tem deficiência de ferro será muito diferente de uma que tem excesso de ferro. Outro exemplo, pacientes que passam a realizar atividades físicas com alto gasto de energia terão uma dieta diferente daqueles que são sedentários.

De modo geral, as recomendações iniciais são:

Primeiros 10 dias após a alta hospitalar: água sem gás (que é o líquido mais importante!), suplemento proteico, chás adoçados com adoçantes e NUNCA utilizar açúcar, sucos de fruta naturais( diluídos com água), água de coco, Gatorade, gelatinas (diet), caldo de carne com legumes (coado) - legumes, carne magra, frango sem pele e peixe. Pode temperá-los com sal, cebola, alho, tomate, salsinha, coentro e cebolinha.  Não utilizar pimenta.  Utilizar sempre produtos naturais e não enlatados ou conservas.  Não utilizar sopas prontas.

A partir do 12° dia, são oferecidos iogurtes zero, light ou desnatado, leite ou “vitaminas de frutas e os caldos são “engrossados” progressivamente, até chegar numa alimentação normal.

O tempo para comer normalmente varia para cada pessoa, mas deve ficar claro que o objetivo da nutricionista é chegar numa alimentação normal e não eternizar alimentos "diet-light". A pessoa operada que come o alimento comum terá um resultado excelente. Já a que come alimentos ultra-processados diariamente, provavelmente terá mau resultado.

O paciente deve imaginar que será difícil ou impossível suportar esta dieta, mas praticamente todos os operados aceitam de forma tranquila porque após a cirurgia a Grelina (“hormônio” relacionado com a fome) e vários outros hormônios , têm sua produção alterada, o que reduz a fome e leva a saciedade rápida. Na realidade, a maior parte das pessoas operadas acham que a quantidade de caldo oferecida é maior do que eles necessitam.

O pós-operatório é realmente muito tranquilo, mas a pessoa operada deve lembrar que o repouso é fundamental para uma boa cicatrização. Basta seguir as recomendações da maneira correta.

Realizamos reuniões periódicas com participação de toda a equipe multiprofissional, pacientes já operados , candidatos à cirurgia e familiares, no sentido de esclarecer como a pessoa torna-se obesa e como o tratamento cirúrgico auxiliará na resolução da obesidade.     

   

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